Sentir desconforto após tomar leite ou comer queijo pode parecer algo pontual, mas para muita gente isso é sinal de uma condição bastante comum: a intolerância à lactose. Ela acontece quando o organismo tem dificuldade de digerir a lactose, o açúcar presente no leite e seus derivados.
O motivo? A redução ou ausência da enzima lactase, responsável por quebrar a lactose no intestino delgado. Quando isso não acontece, a lactose fermenta no intestino, gerando sintomas como inchaço, gases, cólicas e até diarreia.
Esse problema tem se tornado cada vez mais frequente, em parte devido a fatores genéticos, mudanças nos hábitos alimentares e até doenças que afetam o sistema digestivo. Mas, no meio de tantas informações e restrições, uma pergunta costuma surgir com frequência: “A intolerância à lactose tem cura?“
Neste post, vamos esclarecer essa dúvida, explicar os tipos de intolerância, os tratamentos disponíveis, e mostrar por que o acompanhamento com um médico nutrólogo pode fazer toda a diferença para quem busca qualidade de vida e uma relação mais leve com a alimentação.
Diferença entre cura e controle dos sintomas

A dúvida sobre se a intolerância à lactose tem cura é muito comum — e a resposta depende do tipo de intolerância que a pessoa apresenta. A intolerância primária, que é a mais frequente, ocorre naturalmente ao longo da vida, quando o corpo diminui a produção de lactase com a idade. Nesse caso, não há uma cura definitiva, pois é um processo genético e fisiológico.
Já a intolerância secundária pode ser temporária: ela surge após infecções intestinais, uso prolongado de antibióticos ou doenças inflamatórias, como a doença celíaca.
Quando a causa é tratada, há chance de a produção de lactase se normalizar — ou seja, nesse caso, há possibilidade de reversão. A forma congênita, mais rara e presente desde o nascimento, geralmente é permanente e exige cuidados ao longo de toda a vida.
É importante entender a diferença entre cura e controle. Mesmo que a intolerância não tenha cura em muitos casos, os sintomas podem ser totalmente controlados com mudanças na alimentação, uso de enzimas como a lactase suplementar e o consumo de produtos sem lactose.
O segredo está no acompanhamento adequado — e é aí que entra o papel essencial do médico nutrólogo. Esse profissional avalia seu tipo de intolerância, identifica carências nutricionais e elabora um plano alimentar que garante uma vida saudável, mesmo com a restrição.
Com orientação personalizada, você aprende a conviver bem com a condição e até retomar alguns alimentos com segurança, dependendo do caso.
Importância do diagnóstico correto

Quando falamos em tratar intolerância à lactose, o papel do médico nutrólogo vai muito além de apenas recomendar a retirada de laticínios. Ele é o profissional mais capacitado para fazer um diagnóstico preciso, diferenciando a intolerância de outras condições com sintomas semelhantes, como a síndrome do intestino irritável (SII), o SIBO (supercrescimento bacteriano no intestino delgado) e até alergias alimentares.
Essa investigação é essencial para evitar restrições alimentares desnecessárias ou tratamentos ineficazes. O nutrólogo também pode solicitar exames como o teste do hidrogênio expirado, testes genéticos e avaliar sua saúde intestinal de forma integrada.
Além disso, o Dr. Gustavo Solano desenvolve uma abordagem personalizada para o paciente, considerando seu estilo de vida, hábitos alimentares, histórico clínico e necessidades nutricionais.
O tratamento pode incluir ajustes graduais na alimentação, a introdução de enzimas lactase para ajudar na digestão da lactose e, quando necessário, suplementação de nutrientes, como cálcio e vitamina D.
Se houver suspeita de doenças associadas, como doença celíaca, disbiose intestinal ou inflamações crônicas, ele também conduz a investigação. Com esse acompanhamento individualizado, é possível não só aliviar os sintomas, mas recuperar a qualidade de vida e manter uma dieta equilibrada sem comprometer sua saúde.
A intolerância à lactose pode ser controlada?

A intolerância à lactose é uma condição bastante comum, que pode causar desconfortos significativos, mas felizmente pode ser controlada com estratégias eficazes.
Embora muitas pessoas se perguntem se intolerância à lactose tem cura, a resposta depende do tipo: nos casos primários e congênitos, não há cura definitiva, mas sim controle rigoroso dos sintomas; já na intolerância secundária, que pode ser causada por problemas intestinais temporários como infecções ou doenças inflamatórias, há chances de reversão da sensibilidade à lactose após o tratamento da causa subjacente.
O importante é entender que, mesmo sem cura, é totalmente possível levar uma vida normal, sem abrir mão da saúde e do prazer de comer bem.
O primeiro passo para esse controle está no acompanhamento com um médico nutrólogo, que vai investigar a fundo a causa dos sintomas, indicar os exames corretos e propor um plano de ação que envolva reeducação alimentar, uso de enzimas lactase, alimentos sem lactose e até o tratamento de condições associadas, como o SIBO.
Não enfrente os sintomas sozinho ou com base em suposições — buscar ajuda especializada é o caminho mais seguro para melhorar sua qualidade de vida. Se você suspeita de intolerância à lactose, procure um profissional de confiança e adote hábitos que favoreçam o seu bem-estar a longo prazo.
O acompanhamento com o nutrólogo é fundamental para ajustar a alimentação, evitar deficiências e melhorar a qualidade de vida.
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Dr. Gustavo Solano

CRM 106353 SP / RQE 55075 CRM SP
Médico especialista em Clínica Médica e Nutrologia, palestrante e diretor da Clínica Solano