A relação eixo intestino-cérebro pode parecer estranha à primeira vista, mas, a ciência vem mostrando que essa conexão é mais real e importante do que imaginamos.
Nosso intestino e cérebro estão em constante comunicação, influenciando não apenas a digestão, mas também nosso humor, comportamento e saúde mental.
Entender como esses dois órgãos conversam, pode abrir portas para novos tratamentos de diversas condições, desde o transtorno de ansiedade generalizada, até doenças neurodegenerativas e obesidade.
Como o intestino se relaciona com o cérebro?
O intestino atua fornecendo nutrientes essenciais para o adequado funcionamento do cérebro.
Por isso, os neurônios precisam estar bem alimentados, já que utilizam a glicose como principal fonte de energia, enquanto outros macro e micronutrientes, como o zinco, magnésio e ômega 3, são cruciais para a neuroplasticidade, manutenção da integridade da membrana plasmática e transmissão dos impulsos nervosos.
Ou seja, podemos dizer que “o cérebro é dependente do intestino”.
Veja também: Como a ansiedade afeta a saúde intestinal?
Intestino e inflamação cerebral
Além de “comida”, o intestino também pode “oferecer” substâncias inflamatórias ao cérebro.
Mas, como assim?
A má alimentação, o excesso de peso, a falta de atividade física, as deficiências nutricionais, o estresse, a disbiose intestinal, as doenças funcionais do intestino, são apenas algumas das condições que levam ao aumento da permeabilidade intestinal e desequilíbrios da microbiota.
O intestino não encontra-se nada saudável nessas situações, tornando-se então, uma fonte de produção de várias substâncias inflamatórias.
Essas substâncias inflamatórias podem cair na corrente sanguínea, chegando até o cérebro e contribuindo para a neuroinflamação.
Reverter as causas subjacentes, é um dos pilares mais importantes para a construção de uma boa relação entre o cérebro e o intestino.
Microbiota Intestinal e Sistema Nervoso Central
Um pouco acima, eu citei o desequilíbrio da microbiota intestinal (disbiose intestinal), como possível “vilão” do Sistema Nervoso Central (SNC).
E realmente, tanto as bactérias, quanto as substâncias produzidas por elas, chamadas de pós bióticos, interferem e muito no funcionamento do Sistema Nervoso Central.
Para você ter uma ideia: Alguns ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, que são produzidos pelas bactérias intestinais, podem reforçar a barreira hematoencefálica, diminuindo a permeabilidade cerebral e protegendo o Sistema Nervoso Central contra o envelhecimento e inflamação.
Outra importante conexão é a ativação do nervo vago, que merece um artigo detalhado só para esse tema.
Saúde intestinal e doenças neurológicas e psiquiátricas
Saúde intestinal, pode ser entendida como uma necessidade para aqueles que buscam uma vida com menos risco para doenças neurológicas e psiquiátricas.
Depressão, ansiedade, transtorno do espectro autista, Alzheimer e Parkinson são algumas das patologias que podem se beneficiar de estratégias médicas e nutricionais direcionadas para saúde intestinal.
Veja também: Médico que cuida do intestino: por que procurar um nutrólogo?
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Com mais de 20 anos dedicados à saúde intestinal e digestiva, ofereço um tratamento personalizado baseado em evidências científicas. Cada paciente recebe um protocolo único, considerando sua história clínica e necessidades específicas.
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Dr. Gustavo Solano
CRM 106353 SP / RQE 55075 CRM SP
Médico especialista em Clínica Médica e Nutrologia, palestrante e diretor da Clínica Solano