Qual é o colesterol bom e como aumentar?

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Colesterol é um termo que frequentemente aparece nas consultas médicas, porém, costuma ser muito mal compreendido.

Não se trata apenas de “bom” ou “ruim”, mas de como o HDL e o LDL operam silenciosamente nos bastidores da nossa saúde.

Para quem busca mais do que números, neste artigo vamos aprofundar  neste tema

Entenda a diferença entre colesterol HDL e LDL

Imagine o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade) como uma esponja que passa pelas suas artérias, “limpando” as gorduras que possam causar problemas.

O HDL é essencial para a proteção cardiovascular, ajudando a remover o excesso de colesterol e transportando-o de volta ao fígado, onde pode ser eliminado ou reutilizado.

Ele age como um verdadeiro zelador no sistema circulatório.

Por outro lado, o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) se apresenta como pequenas gotículas de gordura, que percorrem suas artérias, grudando nas paredes e contribuindo para a formação de placas de ateroma.

Esse processo pode eventualmente levar ao “entupimento” dos vasos, aumentando o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Portanto, ao interpretar um exame de colesterol, o médico nunca deve olhar apenas para o colesterol total.

É crucial avaliar separadamente os níveis de HDL e LDL, e as suas relações, para obter uma visão mais clara do risco cardiovascular.

Um LDL elevado ou um HDL baixo podem indicar maior predisposição a problemas cardíacos, mesmo que o colesterol total esteja dentro de uma faixa aceitável.

Essa análise detalhada permite tomar decisões mais assertivas sobre o manejo da saúde.

Como aumentar o HDL e diminuir o LDL de forma eficiente

Agora que sabemos que o HDL é o “herói” e o LDL o “vilão” dessa história, a questão é: Como podemos aumentar o HDL?

A melhor maneira de aumentar o HDL é através de exercícios aeróbicos regulares.

Atividades como caminhar, correr, pedalar ou nadar podem fazer maravilhas para os níveis de HDL.

E essa melhora está diretamente relacionada à intensidade e frequência dos treinos, ou seja, quanto maior o envolvimento em atividades aeróbicas, maior será o impacto positivo no perfil lipídico.

Além do exercício, a dieta desempenha um papel fundamental.

Dietas ricas em ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados, como aquelas encontradas em azeite de oliva, abacate, peixes gordurosos e oleaginosas, são altamente recomendadas para aumentar o HDL.

A suplementação com niacina (vitamina B3), pode, em alguns casos, ser utilizada para aumentar o HDL, mas deve ser realizada sob supervisão médica devido aos possíveis efeitos colaterais.

Agora, reduzir o LDL exige uma combinação de estratégias que vão além da abordagem nutricional.

A diminuição no consumo de gorduras saturadas e trans é um passo fundamental, já que essas gorduras estão diretamente associadas ao aumento do LDL.

A suplementação com fitoesteróis, compostos que competem com o colesterol para absorção no intestino, também pode ser eficaz.

Em termos de tratamento farmacológico, as estatinas continuam sendo o padrão-ouro no manejo do LDL, com estudos extensos demonstrando sua eficácia na redução de eventos cardiovasculares, ao diminuir os níveis de LDL em até 50%.

No entanto, o uso prolongado exige atenção aos efeitos colaterais.

As estatinas podem causar miopatia em até 10% dos pacientes, causando desde dores musculares leves, até casos raros de rabdomiólise.

Além disso, algumas estatinas podem aumentar discretamente a glicemia, sendo importante monitorar pacientes com pré-diabetes ou diabetes.

Em pacientes com resposta insuficiente às estatinas, os inibidores de PCSK9 surgem como uma opção altamente eficiente, mas, são geralmente prescritos para casos de hipercolesterolemia familiar.

E por fim, temos a ezetimiba, droga que bloqueia a absorção de colesterol no intestino, frequentemente utilizada, geralmente em combinação com as estatinas, oferecendo uma alternativa menos agressiva para reduzir o LDL.

Perda de peso e colesterol

A perda de peso, mesmo que modesta – em torno de 5% a 10% do peso corporal, pode promover uma redução significativa nos níveis de LDL e triglicérides, além de aumentar o HDL.

Isso ocorre porque a diminuição da gordura visceral melhora a sensibilidade à insulina, reduz inflamação sistêmica e facilita o metabolismo lipídico, fatores essenciais para manter os níveis de colesterol sob controle.

A combinação de  atividade física, alimentação equilibrada, suplementação personalizada e acompanhamento médico regular, pode te direcionar para o caminho mais saudável e mais inteligente.

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