Em nossa jornada em busca do peso ideal e de uma vida mais saudável, muitas vezes esquecemos que o equilíbrio hormonal desempenha um papel crucial nesse processo.
Os hormônios, pequenos mensageiros químicos do corpo, podem afetar diretamente a maneira como armazenamos e queimamos gordura.
Neste artigo, exploraremos a influência dos hormônios na perda de peso. Confira!
Hormônios e perda de peso: qual é a relação?
Cortisol: O Hormônio do Estresse
O cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, desempenha importante papel em diversas funções fisiológicas, sendo necessário para nossa sobrevivência
No entanto, quando em desequilíbrio, o cortisol pode desencadear uma série de efeitos adversos no corpo, contribuindo para o ganho de peso.
Mecanismos Biológicos
Estudos científicos indicam que o cortisol atua na regulação do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas.
Em situações de estresse, o corpo libera cortisol para mobilizar energia rapidamente.
No entanto, exposição prolongada ao estresse crônico, pode resultar em níveis elevados e persistentes de cortisol, o que está associado ao acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal.
Armazenamento de Gordura Abdominal
Receptores de cortisol nas células de gordura, respondem a esse hormônio, acelerando a lipogênese visceral – um processo de acúmulo de gordura dentro do abdômen.
Essa gordura é extremamente perigosa e está ligada ao desenvolvimento de várias doenças crônicas.
Resposta do Cortisol ao Estresse Crônico
O estresse crônico, seja de origem física, emocional ou ambiental, pode levar a uma liberação persistente de cortisol.
Isso cria um ambiente propício para a resistência à insulina e desordens do metabolismo da glicose, aumentando a probabilidade de ganho de peso.
Veja também: O guia para emagrecer
Insulina: O Regulador do Açúcar no Sangue
Desequilíbrios na regulação da insulina têm sido associados ao desenvolvimento e à progressão da obesidade.
A principal função da insulina é facilitar a absorção de glicose pelas células, promovendo a sua utilização como fonte de energia.
Quando nos alimentamos, principalmente com carboidratos, é esperado que os níveis de glicose no sangue aumentam. Em resposta a esse aumento, o pâncreas libera insulina para permitir que as células absorvam e armazenem a glicose.
Quando as células passam a responder de forma ineficiente à insulina, desenvolve-se então a resistência insulínica
A resistência à insulina está fortemente associada à obesidade e é considerada um fator contribuinte para o ganho de peso. A relação entre insulina e obesidade é complexa e multifatorial.
A resistência à insulina não promove apenas o acúmulo de gordura, mas também dificulta a utilização da gordura como fonte de energia e interfere nos mecanismos de fome e saciedade
Leptina: O Hormônio da Saciedade
A leptina é um hormônio responsável por sinalizar ao cérebro, quando estamos saciados.
No entanto, quando há resistência à leptina, esse sinal pode ser ignorado por regiões cerebrais relacionadas a saciedade, causando aumento do apetite.
Muitas das vezes, cria-se um círculo vicioso que só tende a piorar quando não há intervenção adequada.
Hormônios da Tireoide: O Motor do Metabolismo
A tireoide desempenha tem um papel relevante na nossa saúde, e desordens nessa glândula podem contribuir para o ganho de peso.
O hipotireoidismo, caracterizado pela produção insuficiente de hormônios tireoidianos, pode levar a uma desaceleração do metabolismo, resultando em dificuldade para emagrecer.
Estrogênio e Progesterona: Equilíbrio Hormonal Feminino
A menopausa, fase natural na vida de uma mulher, é marcada pela cessação da menstruação e uma série de mudanças hormonais.
Essa transição hormonal, particularmente a diminuição abrupta dos níveis de estrogênio, pode resultar em uma redistribuição da gordura corporal, com tendência para o acúmulo na região abdominal.
Esse padrão de distribuição de gordura está associado a um maior risco de doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Além disso, a queda nos níveis de estrogênio pode afetar a taxa metabólica basal, levando a uma redução na quantidade de calorias que o corpo queima em repouso.
Isso significa que as mulheres na menopausa podem apresentar metabolismo mais lento, tornando mais difícil a perda de peso.
Além das mudanças hormonais, fatores associados ao envelhecimento, como a diminuição da massa muscular, também contribuem para a piora da composição corporal na menopausa
Andropausa: A queda da testosterona
A andropausa, embora menos discutida do que sua contraparte feminina, a menopausa, é um fenômeno real que ocorre nos homens à medida que envelhecem.
Marcada por uma diminuição gradual dos níveis de testosterona, a andropausa pode ter implicações significativas no ganho de peso, no acúmulo de gordura e na composição corporal.
A testosterona desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo, na função cognitiva, desempenho sexual e manutenção da massa muscular.
A redução da testosterona está associada a diminuição da taxa metabólica, perda de massa muscular, conhecida como sarcopenia, e resistência insulínica.
Tudo isso leva a aumento de gordura corporal, principalmente abdominal, e possivelmente a obesidade.
É importante ressaltar que a andropausa não afeta todos os homens da mesma forma, e a intensidade dos sintomas pode variar significativamente.
Além disso, fatores como estilo de vida, dieta, atividade física e genética interferem na maneira como a andropausa manifesta-se em cada indivíduo.
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Com mais de 20 anos dedicados à saúde intestinal e digestiva, ofereço um tratamento personalizado baseado em evidências científicas. Cada paciente recebe um protocolo único, considerando sua história clínica e necessidades específicas.
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Dr. Gustavo Solano
CRM 106353 SP / RQE 55075 CRM SP
Médico especialista em Clínica Médica e Nutrologia, palestrante e diretor da Clínica Solano