Vitamina D: Para que serve, como tomar, benefícios, resultados, dosagens e usos

Vitamina D para que serve

Deseja conhecer os benefícios da vitamina D para a saúde e compreender seu uso? Explicamos os resultados e usos da vitamina D para a saúde!

Para que serve a vitamina D?

A vitamina D recebe esse nome, pois foi descoberta em meados dos anos 1920, logo após as vitaminas A, B e C, por isso, essa nomenclatura.

Tudo ficou mais claro depois da descoberta de pesquisadores da Universidade de Oxford, mostrando que a vitamina D apresenta mais de 2000 sítios de ligação a receptores do genoma humano, comprovando a enorme influência dessa vitamina sobre a nossa saúde.

Embora seja chamada de vitamina, esse composto, na verdade, é um hormônio lipossolúvel, ou seja, que é melhor absorvido na presença de gorduras. A vitamina D é considerada como essencial para o organismo humano e sua deficiência pode ocasionar uma série de problemas, afinal, essa substância controla o funcionamento de mais de 200 genes.

Essa vitamina é um hormônio lipossolúvel, que para ser formado, necessita de um trabalho harmônico realizado pelos rins, fígado, pele, e de fatores externos, como a radiação ultravioleta e alimentação.

Tudo começa na pele, após a exposição a luz solar. A produção de vitamina D3 ocorre nas camadas mais profundas da epiderme. Logo em seguida, o fígado, e por último o rim, hidroxilam esta vitamina e a transformam na sua forma realmente ativa, chamada 1,25(OH)2D, estando pronta para exercer suas funções.

Percebeu que o nosso organismo precisa estar funcionando muito bem, para que a quantidade ideal de vitamina ideal seja sintetizada diariamente.

Funções da Vitamina D

A principal função e a mais conhecida,  está ligada a capacidade em manter as concentrações adequadas de cálcio e fósforo no nosso organismo, regulando assim o metabolismo ósseo.

Atualmente, sabemos que essa vitamina faz muito mais pela nossa saúde, mais do que realmente imaginamos, age regulando diretamente o papel do magnésio, controla a liberação de insulina, a secreção de outros hormônios como a prolactina, facilita a depuração de creatinina pelos rins, inibe a produção de renina, e tem efeito renoprotetor e cardioprotetor.

Indivíduos com deficiência dessa vitamina tendem a ser mais obesos, com pressão arterial, circunferência abdominal e níveis de glicemia mais altos.

A forma ativa também tem a capacidade de inibir a carcinogênese (desenvolvimento de células tumorais), reduzindo muitas vezes, a incidência de câncer de mama, próstata e intestino.

A vitamina D aumenta o número de células T, diminui a produção de citocinas inflamatórias e estimula a síntese de células NK (natural killer), prevenindo ou mesmo colaborando com o tratamento de doenças autoimunes, incluindo esclerose múltipla, lúpus, artrite reumatóide entre outras.

Onde encontrar a vitamina D?

Existem três formas de se obter vitamina D. São elas:

  • Exposição solar;
  • Consumo alimentar;
  • Uso de suplementos.

A melhor e principal fonte de obtenção da vitamina D ocorre através da exposição solar. Isso se dá, por conta dos raios ultravioletas do tipo B – UVB agirem diretamente sob a pele e, estimular a síntese dessa substância em nosso organismo. Uma ressalva, o melhor horário para exposição solar e maior produção é das 9h às 16h.

É comum observar em países do hemisfério norte, como o Canadá, norte europeu e ásia, indivíduos apresentarem baixos níveis de vitamina D no organismo. Porém, o que pouca gente sabe, é que no Brasil, um país tropical, com ampla exposição solar, há muitas pessoas com deficiência dessa vitamina.

Além da exposição solar, alguns alimentos também são fontes de vitamina D. Peixes gordos, como o salmão selvagem, sardinha, ou então alimentos ricos em gordura de qualidade, como azeite extra virgem, sementes oleaginosas, ovos e abacate, por exemplo.

Por fim, existem os suplementos sintéticos de vitamina D para fazer a reposição quando inidcada. Podemos encontrá-la em duas formas:

  • Vitamina D2, de origem vegetal, também chamada ergocalciferol.
  • Vitamina D3, de origem animal, conhecida como colecalciferol.

Fontes de vitamina D3

  1. Peixes de água fria, como atum e salmão
  2. Ovos, frutos do mar
  3. Leite e derivados fortificados

Fontes de vitamina D2

É encontrada nos fungos comestíveis. Mas, na realidade a grande parte desse tipo de vitamina é sintetizada pelo nosso próprio corpo, apenas 10 a 20% vem da dieta.

Como medir os níveis de vitamina D no organismo?

A melhor forma de medir os níveis de vitamina D em um organismo se dá pela realização de exames laboratoriais. O exame que mede os níveis da substância no organismo é chamado de 25(OH) Vitamina D.

Os valores de referência são assim determinados:

  • Menor do que 10 ng/mL – valor muito baixo, com risco de evolução de problemas ósseos, como, osteopenia e raquitismo;
  • Entre 10 e 20 ng/mL – valor de risco para aumentar remodelação óssea, facilitação de perda de massa óssea com risco de osteoporose e fraturas;
  • Maior do que 20 – desejável para pessoas saudáveis;
  • Entre 30 e 60 ng/ml – recomendado para idosos, gestantes, pacientes diagnosticados com problemas ósseos e doenças de cunho inflamatório ou autoimune.

Embora existam valores de referência, o médico nutrólogo está apto e capacitado para ajustar os níveis da substância no organismo.

Dose recomendada de Vitamina D

Para manter os níveis adequados recomenda-se doses que variem entre 400 até 2000 UI ao dia. Já nas situações onde há deficiência, as doses precisam ser bem mais elevadas, podendo chegar a 50000 UI por semana.

Alguns fatores alteram a concentração sérica: como o IMC, concentração sérica de albumina e idade.

Sintomas de falta de vitamina D

Quando os níveis de vitamina D estão baixos, alguns sintomas clássicos se manifestam. Os mais comuns são:

  • Dor e fraqueza muscular;
  • Sensação de cansaço constante;
  • Surgimento de inflamações que não cessam;
  • Diminuição dos níveis de fósforo e cálcio no sangue.
  • Surgimento de raquitismo em crianças;
  • Surgimento de osteoporose nos idosos;
  • Ganho de peso
  • Nervosismo
  • Depressão
  • Hipertensão arterial
  • Alterações do metabolismo da glicose
  • Osteoporose
  • Cansaço
  • Baixa imunidade

Entretanto, é relativamente comum encontrar pacientes que tenham carência de vitamina D e não apresentem sintomas característicos, por isso realização de exames e visitas médicas regulares são importantes.

Veja também: Como envelhecer saudável?

Principais benefícios da vitamina D no organismo

A vitamina D é capaz de propiciar uma série de benefícios à saúde das pessoas. Separei para mostrar para vocês, alguns deles. Confira abaixo!

Ossos mais fortes

Embora seja amplamente divulgado que para termos ossos saudáveis precisamos consumir cálcio, de nada adiantará se os níveis de vitamina D não estiverem adequados em nosso organismo.

Falando de modo popular, a vitamina D é responsável por absorver o cálcio ingerido, e dessa forma manter os ossos mais fortes e saudáveis 

Controle da pressão arterial

A vitamina D também age diretamente no controle da pressão arterial. Isso ocorre, por conta dessa importante substância, ser responsável por controlar o enrijecimento de vasos sanguíneos.

A ausência da vitamina D favorece o endurecimento, principalmente das artérias, dificultando o fluxo sanguíneo, fazendo com que o coração trabalhe de maneira exacerbada e resultando em um aumento de pressão arterial, a famosa pressão alta. Por isso, manter seus níveis dentro da normalidade é tão importante.

Combate a depressão

A deficiência de vitamina D está diretamente associada à depressão. Estudos mostram que boa parte das pessoas que sofrem com o transtorno depressivo, possuem baixas concentração da substância no organismo.

A falta ou deficiência de vitamina D no organismo, aumenta um hormônio chamado PTH – hormônio da paratiróide. Quando os níveis de PTH estão altos, alterações de humor, como tristeza e apatia tendem a se manifestar. Sendo assim, controlar a concentração de vitamina D é importante para seu bem-estar físico e emocional.

Remissão de condições autoimunes

Uma patologia autoimune ocorre quando o organismo se ataca, reconhecendo algum tecido como agente invasor. O diabetes tipo 1, a fibromialgia, a esclerose lateral amiotrófica, a retocolite ulcerativa, a tireoide de Hashimoto são alguns exemplos de problemas autoimunes.

Quando os níveis de vitamina D se estabelecem entre 30 e 60 ng/mL uma substância chamada interleucina 10 é produzida de modo otimizado no organismo. Essa substância, atua como uma proteção contra autoimunidade, causando diminuição, controle de determinadas patologias.

Se você não gosta de se expor ao sol, ou então seu paladar não tem afinidade aos alimentos fontes da vitamina, não se preocupe, você pode utilizar suplementos à base dessa substância. Mas para isso, você precisa ser orientada por um profissional da saúde apto para isso.

Fatores que interferem na síntese da Vitamina D

  • Cor da pele:  Para indivíduos de pele clara, expor-se ao sol por 15 a 20 minutos, 3x na semana, geralmente já é suficiente. Para indivíduos de pele escura, este tempo precisa ser 3 a 4x maior.
  • Horário: o momento mais propício para a síntese de vitamina D3 é das 11h as 14h, quando o sol está a pino. Óbvio que não seremos nada imprudentes. Aumente o tempo de exposição em horários mais recomendados pelos dermatologistas.
  • Filtro solar: interfere negativamente com a síntese dessa vitamina, infelizmente!
  • Temperatura:  quanto maior a quantidade de radiação e mais elevada estiver a temperatura da sua pele, mais dessa vitamina será produzida.
  • Idade: aproximadamente metade ou mais dos idosos apresentam deficiência de vitamina D, devido a diminuição de 7-deidrocolesterol na pele, justamente numa fase da vida onde os benefícios dessa vitamina são bem evidentes. O idoso sintetiza apenas 1/4 da dosagem de vitamina de um jovem de 25 anos.
  • Doenças: A vitamina D produzida na pele ou ingerida pela dieta, deve passar pelo fígado e rins para se tornar ativa, portanto, a insuficiência hepática e a doença renal crônica levam a deficiência de vitamina D.
  • Obesidade: disse a pouco, que a vitamina D é lipossolúvel, portanto, o excesso de tecido adiposo sequestra esta vitamina, levando a redução dos seus níveis circulantes. Um adulto obeso pode precisar de doses dobradas, quando comparado a um indivíduo magro.

Suplementação de Vitamina D em Ribeirão Preto: Dr. Gustavo Solano

Os benefícios da vitamina D são muitos, porém, como a ingestão alimentar só corresponde a 20% das necessidades diárias, a exposição solar e o planejamento alimentar via suplementação oral ou injetável, quando indicada, deve ser estimulada e orientada por um médico nutrólogo. Clique no botão abaixo e agende uma consulta!

Assista ao vídeo abaixo.

 

Se você deseja conhecer mais sobre como incluir a Vitamina D na sua dieta para ter mais bem-estar, clique no botão do WhatsApp e agende uma consulta. Teremos prazer em lhe atender!

Grande abraço!

Dr Luiz Gustavo Solano

CRM 106353

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