Qual a diferença entre SIBO e SIFO?

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Se você chegou até aqui, provavelmente já ouviu falar em SIBO (Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado) e SIFO (Supercrescimento Fúngico do Intestino Delgado).

E talvez esteja se perguntando:

“Doutor, como saber qual deles eu tenho? Os sintomas são tão parecidos!”

Essa é uma dúvida extremamente comum no consultório. E, para ser bem sincero, até para nós médicos, nem sempre é simples diferenciar essas duas condições.

Mas a boa notícia é que, com atenção a alguns detalhes, conseguimos sim entender qual a diferença entre SIBO e SIFO — e eu quero compartilhar isso com você neste artigo.

O que é SIBO?

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SIBO é a sigla para Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado.

Isso significa que há um número anormalmente alto de bactérias no intestino delgado, um local onde normalmente elas deveriam estar em quantidade muito menor.

Esse desequilíbrio provoca uma série de sintomas digestivos e até sintomas fora do intestino.

Principais sintomas de SIBO:

  • Distensão e inchaço abdominal
  • Gases em excesso
  • Alterações no padrão das evacuações (diarreia, constipação ou alternância entre ambas)
  • Sensação de má digestão
  • Fadiga, dores de cabeça, carência de vitaminas e alterações na pele

Se deseja saber mais detalhes sobre o SIBO já escrevi um Guia Completo para te ajudar.

O que é SIFO?

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Já o SIFO significa Supercrescimento Fúngico do Intestino Delgado.

Aqui, o problema não é o excesso de bactérias, mas sim o crescimento anormal de fungos — especialmente da espécie Candida.

Curiosamente, os sintomas do SIFO são muito parecidos com os do SIBO, o que torna o diagnóstico um verdadeiro desafio.

Principais sintomas de SIFO:

  • Sensação de inchaço e desconforto abdominal
  • Gases
  • Mudanças nas evacuações
  • Fadiga e sensação de mal-estar geral
  • Possíveis manifestações de candidíase em outras partes do corpo

Qual a diferença entre SIBO e SIFO nos sintomas?

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Tanto o SIBO quanto o SIFO geram sintomas bastante similares, como distensão, gases, dor abdominal e sensação de má digestão.

No entanto, existem algumas pistas sutis que ajudam a diferenciar:

  • No SIBO, os sintomas tendem a piorar após o consumo de alimentos ricos em carboidratos fermentáveis, conhecidos como FODMAPs (como feijão, cebola e trigo).
  • No SIFO, muitas vezes observamos piora após ingestão de açúcares simples, além de relatos de candidíase recorrente ou sensação de queimação gástrica.

Ainda assim, essas pistas nem sempre são tão evidentes, por isso o diagnóstico exige uma análise cuidadosa.

Como diagnosticar SIBO e SIFO?

Agora que você já entendeu qual a diferença entre SIBO e SIFO nos sintomas, vamos falar sobre os exames e sinais que usamos para chegar a um diagnóstico mais preciso.

Diagnóstico de SIBO

O principal exame para detectar o SIBO é o teste respiratório do hidrogênio expirado.

Esse teste mede os gases produzidos pelas bactérias no intestino delgado após a ingestão de certos açúcares, ajudando a identificar o supercrescimento bacteriano.

Além disso, o histórico de piora dos sintomas após o consumo de FODMAPs e a resposta positiva ao uso de antibióticos específicos fortalecem a suspeita.

Diagnóstico de SIFO

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O SIFO é mais difícil de diagnosticar, principalmente porque os exames mais específicos (como cultura fúngica do aspirado duodenal, PCR e biópsia) são de difícil acesso.

Por isso, muitas vezes o diagnóstico é clínico, baseado em sinais como:

  • Sintomas que persistem mesmo após tratamento para SIBO
  • Piora com açúcar simples
  • Histórico de uso prolongado de antibióticos
  • Presença de candidíase recorrente

Em alguns casos, a melhora dos sintomas após o uso de antifúngicos também serve como uma confirmação indireta.

Cada paciente é único

Quando atendo pacientes com sintomas digestivos complexos, meu olhar vai muito além dos exames e da lista de queixas.

Para mim, entender o padrão de sintomas, os gatilhos alimentares, o histórico de tratamentos e o estilo de vida é essencial para construir uma estratégia realmente eficaz.

Cada ajuste — seja na alimentação, no uso de suplementos ou medicamentos — é acompanhado com atenção para observar a resposta do organismo.

Essa abordagem individualizada é o que faz a diferença no tratamento, respeitando a singularidade de cada pessoa. Inicie seu tratamento agora mesmo.

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